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TUDO JUNTO E MISTURADO E CADA UM NO SEU QUADRADO
Nos anos de 2005 a 2010 a TV ainda era muito forte. Em 2010 Bruno Mazzeo escreveu uma série que teve duas temporadas, chamada Junto e Misturado, música de abertura de Ultrage a Rigor, uma banda 80’s, cantava a música Nada a declarar, que terminava o refrão com a força de um palavrão monossílabo. Não tinham nada pra dizer, nem o que fazer, iam dar uma agitada e pra terminar o refrão só iam enfiar um palavrão **.
Em janeiro de 2011, a Regina Casé, que é o retrato da expressão em questão, lançou um programa chamado ‘ Esquenta’ que era uma gíria usada, ainda é eu acho, para aquecer o fígado e ganhar amigos antes do forfé, balada, rolê, como quiser chamar.
Acredito que mais ou menos na mesma época começamos a chamar favelas de comunidades e alguns formatos sociais que vivemos hoje começaram a valer. O ‘ respeito’, que era mandamento de Cristo e estava claramente exigido na constituição de 1988, veio procurando espaço na base da lei já que os ‘costumes ‘ ainda eram muito fortes.
Foi uma década agitada. Em 2005, uma lei que permite que o cão guia entre em estabelecimentos coletivos foi aprovada, 2010 o Estatuto da igualdade racial, 2013 muitos ajustes para os deficientes, negros e outros inúmeros grupos. Em 2007 a música ‘Cada um no seu quadrado’ começou a aparecer e logo em 2008 foi fenômeno na internet ganhando como ‘melhor webhit’ o prêmio da ainda tão querida MTV.
O que essa música dizia? Nada e tudo ao mesmo tempo. Estava todo mundo no mesmo lugar, mas cada um no seu quadrado: com as suas escolhas.
Agora gente, vejam esta informação: em 2005 surgem os primeiros pontos para a construção do coworking moderno, antes era coisa de gente que não trabalha sério, não tinha dinheiro, não tinha CNPJ, etc. No mesmo ano a Apple vendeu mais notebooks que dispositivos de mesa. Está bugando? Calma. ah, bugando vem de bug do milênio que aconteceu de 1999 para 2000.
O Wi-FI estava chegando com tudo, na década de 2005 ele era uma alternativa mais segura para navegar do que se conectar a uma rede. Ninguém sabia exatamente o que isso dizia, mas todo mundo tinha wi-fi em casa e se conectava em bares, restaurantes, academias, shoppings etc. Era o caminho que a liberdade estava traçando. Soltaram a gente do fio e agora está todo mundo na nuvem. Em 2020 ele já conectava 50 bilhões de dispositivos.
No outro hemisfério, mas no mesmo ano, um programador norte-americano estava passando por um momento difícil da carreira, desenvolvia 2 projetos sozinhos e imaginou um modelo em que tivesse a liberdade de desenvolver seus próprios projetos, sem o isolamento e a falta de estrutura de ser um profissional independente. Ele chamou isso de coworking,
Perceba, é uma construção global, cultural e histórica.
Enfim, qual a relação do Bruno Mazzeo, Regina Casé, Steve Jobs, Brad Neuberg e a música ‘ cada um no seu quadrado’? Apenas um coworking poderia reunir essa galera!
Historicamente essas construções se fortaleceram e , com nome de individualidade, personalidade, respeito e foco, conseguem enriquecer um ambiente e podem conviver juntas.
Em 2012 nasce o coworking no Brasil e, também, o Espaço Envolve no burburinho que a novidade gerava e se mantém moderna e contemporânea em 2025. o Espaço Envolve é assim, multicultural, dinâmico, bem localizado e com estrutura para receber diferentes profissionais. Hoje, recebe empresas, profissionais independentes, autônomos e eventos. Tem canto de pássaros e café quentinho, pessoal pra trocar ideia, fazer colab, ou HH no quintal florido, com paredes grafitadas e Wi-Fi of course.
Ah, não se preocupe com a hora de ir embora. Estamos em uma vila na rua França Pinto, bem pertinho do metrô Vila Mariana e talvez você arrume uma carona ou pegue um Uber compartilhado.